Superplanta faz mais fotossíntese

Planta do gênero utilizada na pesquisa para 'melhoramento' da fotossíntese
   A fotossíntese é uma das invenções mais fascinantes da natureza. A vida na Terra só existe graçs a esse processo, que transforma a luz e CO² em oxigênio e glicose. Mas, agora, a engenhosidade humana pode ter descoberto um jeito de turbiná-lo: com a criação de uma planta que faz 30% mais fotossíntese. O super-vegetal foi desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e é uma versão modificada de plantas do gênero Arabidopsis. Ela absorve mais luz e CO², libera mais oxigênio e produz mais energia que as plantas comuns. Tudo graças à nanotecnologia. Os cientistas injetaram nanopartículas de dióxido de cério nos cloroplastos - as estruturas que a fazem a fotossíntese. Essas partículas de metal aumentam significantemente a absorção de luz ultravioleta além de facilitar o fluxo de elétrons dentro do vegetal, acelerando a fotossíntese. Aparentemente, a injeção não provocou efeitos nocivos às plantas e, como este estudo indica, o dióxido de cério pode ser utilizado até para degradação de poluentes emitidos por indústrias (como o ácido acrílico).
   A ideia, para o futuro, é criar grandes usinas só com superplantas. Elas sugariam muito CO² do ar, o que ajudaria a brecar o aquecimento global. E também usariam a energia do Sol para produzir glicose (que depois poderia ser convertida em eletricidade para uso humano). "Essa técnica tem potencial para melhoar muito a coleta de energia solar", afirma o engenheiro químico Michael Strano, líder do estudo. O trabalho tem gerado polêmica na comunidade científica, pois não revela todos os detalhes envolvidos no processo (talvez porque o MIT pretenda patenteá-lo). Mas pode ser o início de algo revolucionário.

-Matéria adaptada da Superinteressante de Maio de 2014, com algumas correções feitas e adicionadas explicações que estavam faltando.

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