Os 8 lugares ameaçados mais fantásticos do mundo

Boa noite leitores do Fim dos Tempos Hoje!
Bem, postarei uma lista curiosa sobre os lugares mais fantásticos e ameaçados do mundo (uma prévia do que ocorrerá com o resto do planeta caso nada seja feito...)


8- Madagascar 

Uma vez já foi coberto completamente pelo verde, por vegetações densas, o Madagascar (sim, daquele filme dos animais que escapam do zoológico) teve uma destruição de, aproximadamente, 80% de suas matas originais. O marrom-avermelhado que pode ser visto nessa foto do nordeste do Madagascar foi tirado em 24/05/2000, por um satélite da NASA.
Essa ilha da costa leste da África é lar de 21 milhões de pessoas. De acordo com a Organização Filantrópica de Conservação Internacional, é lar também de 8 famílias únicas de plantas, 4 de pássaros, 5 de primatas e também 50 espécies de lêmures que não são encontrados em mais nenhum lugar do planeta.
Graças a criação de gado, extração de madeira e agricultura de corte e queimada, apenas 20% da vegetação original permanece intacta. Para piorar o quadro, espécies invasivas devastaram as fauna e flora locais. Recentemente, a agência BirdLife declarou que o Alaotra Grebe, uma ave aquática, foi extinta. As espécies sucumbiram as ameaças combinadas de redes de pescadores e peixes carnívoros não-nativos da região.



7- Bornéu
Orangotango de Bornéu

Essa extensa floresta tropical, dividida entre a Indonésia, Brunei e Malásia, é lar do orangotango de Bornéu, uma espécie ameaçada de extinção, o rinoceronte de Sumatra também se encontra em situação crítica, e cerca de 1000 elefantes pigmeus são únicos na ilha.
A biodiversidade da área é imensa, entre Julho de 2005 e Setembro de 2006, de acordo com a WWF (Fundo Mundial para a Natureza), 52 novas espécies de plantas e animais foram descobertos na floresta tropical de Bornéu.
Infelizmente, a floresta em si também está ameaçada. De acordo com o relatório da WWF de 2005, o Bornéu da Indonésia perdeu mais de 1,21 milhões de hectares de sua área florestal entre os anos de 1997 e 2000. Extração de madeira, incêndios nas florestas de desenvolvimentos de plantação palmeiras com objetivo de obter óleos são as culpadas.
E, ainda, de acordo com o relatório, o tráfico ilegal de vida selvagem protegida move bilhões de euros por ano na Indonésia. O orangotango é particularmente mais vendido, em 2003, um grupo que monitora o tráfico de animais descobriu que em apenas 1 mês, oficiais da Indonésia confiscaram mais de 30 orangotangos.

6- Micronésia e Polinésia

Ilha de Mounu em Vava'u, Tonga, no sul do Pacífico.




Chamado de "epicentro da extinção global atual", da Conservação Internacional, esse conjunto de mais de 4000 ilhas no sul do Pacífico está em risco tanto por causa da atividade humana quanto por causa das mudanças climáticas globais.
Humanos se estabeleceram nessas ilhas entre 2000 e 3000 anos atras, desde então, milhares de espécies de pássaros foram extintas, de acordo com uma reportagem de 1989 do Jornal de Ciência Arqueológica. A extensiva caça e pesca ajudaram a levar essas espécies à extinção, mas espécies exóticas (que foram introduzidas posteriormente no meio) foram a principal causa. Um dos piores casos, de acordo com um estudo de 1992 feito pelo jornal Oryx, é o do rato comum, que tinha a mesma fonte de alimentação dos pássaros e de alguns répteis.
Enquanto espécies exóticas aniquilam as ilhas por dentro, o aquecimento global o faz por fora. De acordo com o Panel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, um aumento de 1 metro no nível do oceano afundaria, literalmente, mais de 10km² de 257km² da ilha de Tongatapu, no Tonga. Algumas chuvas torrenciais decorrentes disso, afundariam mais 27km² dessa ilha. Algumas outras ilhas também passariam por destinos similares.

5- Arizona, Novo México e o deserto de Chihuahuan: Ilhas "do céu"



Montanhas de Chihuahuan no Arizona.



Ilhas são particularmente vulneráveis a ameaças graças a sua isolação. Espécies que evoluíram em uma ilha fechada podem não se adaptar se o seu habitat mudar.

Mas, nem todas as ilhas são cercadas por água. No Arizona, Novo México e Chihuahuan, México, topo de montanhas alcançam milhares de quilômetros do chão desértico. Nos ambientes mais frescos encima  dessas "ilhas" no topo das montanhas, existe uma grande biodiversidade. Metade das espécies de pássaros americanos fazem sua casa aqui, de acordo com a Aliança da Ilha do Céu. Assim como 104 mamíferos, incluindo jaguares e javalis.
O desmatamento humano ameaça esses habitats, mas o aquecimento global e a seca podem ser a sentença de morte para essas ilhas aéreas. Ao passo que a temperatura aumenta, partes da montanha ficam mais áridas, encurralando as espécies cada vez mais em áreas menores.

4- A bacia do Mediterrâneo

Espécies nativas da região em risco de extinsão.
Metade dessas espécies não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo. Embora o turismo suporte uma quantia significativa da economia da região, o desenvolvimento da zona costeira atraiu turistas que ameaçam a flora nativa. O anel de costa em torno do Mar Mediterrâneo tem estado repleto de seres humanos há pelo menos 8.000 anos. Pode parecer estranho pensar que uma área tão povoada como essa esteja ameaçada de extinção, mas as margens do Mediterrâneo são o lar de 22.500 espécies de plantas, quatro vezes mais do que no resto da Europa inteira. 
Desmatamentos e incêndios destruíram 95% da vegetação da bacia do Mediterrâneo. A área também é o lar do lince ibérico e da foca-monge do Mediterrâneo, o felino e a espécie de foca mais ameaçados do planeta, respectivamente. Apenas cerca de 500 focas e 150 linces ibéricos sobrevivem hoje.

3- Os Andes tropicais

Nessa imagem da NASA dos Andes bolivarianos, mais de 250 quilômetros ao sudeste de La Paz, capital da Bolívia. Pode se notar um grande desmatamento principalmente na parte nordeste da imagem.

Os Andes são ricos em biodiversidade, mas também são ricos em recursos. Petróleo e gás foram descobertos na região, e as empresas estão construindo estradas e gasodutos em áreas sensíveis, de acordo com a Conservação Internacional. Represas hidrelétricas ameaçam os ecossistemas fluviais, e o desmatamento causado pela agricultura, especialmente plantações de café, deixam pássaros nativos sem um habitat, grupos de conservação estão trabalhando com os agricultores locais para promover um crescimento sustentável das plantações.
Esta cadeia de montanhas se estende ao longo da costa ocidental da América do Sul, da Bolívia ao Chile. É a casa de um sexto de toda a vida vegetal na Terra, em apenas 1% do território do planeta. Mais de 660 espécies de anfíbios chamam de casa os Andes Tropicais, e em 2004, 450 delas foram listadas como ameaçadas pela Organização Filantrópica de Conservação Internacional
O macaco de cauda amarela, em perigo crítico e o qual os estudiosos pensavam estar extinto, também vagueia nas florestas úmidas dos Andes, como o faz o único urso da América do Sul, o “urso-de-óculos” (ou urso-andino).

2-Antártica

Pinguins imperadores com suas cocotas.

A Antártica é conhecida por seu deserto alto e frígido, onde as temperaturas no inverno regularmente são tão baixas quanto -70ºC. Mas a costa do continente aparentemente estéril é na verdade rica em vida marinha, incluindo pinguins, aves marinhas, focas e baleias. 
Mesmo as profundezas mais obscuras do mar ao largo da Antártida Ocidental são um tesouro de vida: só em 2007, publicado no jornal Nature, foram encontradas mais de 700 novas espécies na região, incluindo aranhas do mar, esponjas carnívoras e polvos.
 Mas a dupla aquecimento global e pesca predatória  ameaçam a biodiversidade da Antártica. De acordo com a WWF, se a temperatura global subir 2 graus Celsius, o gelo marinho no Oceano Austral poderá diminuir de 10 a 15%. Se isso acontecer, as espécies dependentes do gelo vão perder seu habitat e fontes de alimento. Os especialistas também alertam que a pesca do krill antártico, parecido com o camarão e crucial à cadeia alimentar da Antártida, pode ameaçar todo o ecossistema da região.

1- O Ártico

Urso polar andando pela costa.




O Ártico é o marco inicial para alterações climáticas. Temperatura lá aumentou mais que o dobro da média global, provavelmente graças as calotas que derretem, de acordo com um estudo publicado pela Nature em Abril de 2010.
O gelo derretido é má notícia para os grandes mamíferos do Ártico, pois de acordo com o relatório feito em 2004 pelo Conselho de Impactos Climáticos no Ártico, ursos polares poderão ser extintos se até 2100 os mares do Ártico não permanecerem congelados durante todo o verão. O aumento da temperatura pode acabar com a vegetação na tundra de algumas áreas e o aumento do nível dos oceanos poderão destruir mais da metade de ninhos de algumas aves migratórias.
Mas o aquecimento no Ártico não é ruim apenas para os organismos que ali vivem; assim que as camadas reflexivas de gelo derretem, a superfície do oceano poderá absorver mais energia solar, aumentando a temperatura dos oceanos e começando um ciclo que derreteria as camadas de gelo restante mais rapidamente. Mudanças na salinidade do oceano poderiam desetabilizar as correntes marítimas, e o derretimento desse gelo poderia lançar carbono na atmosfera, criando outro problema: o aquecimento ainda maior da Terra, em outras palavras, as mudanças no Ártico não são apenas resultado do aquecimento global, elas também podem causa-lo.



-Espero que o quadro atual se reverta, pois essas espécies e lugares de nossa bela natureza não merecem o que está ocorrendo!

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  1. PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PRODUTORES RURAIS

    A Federação da Agricultura do Estado do Espírito Santo (FAES), através de seu Conselho de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (COMARH), com o apoio do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA, está iniciando uma pesquisa (inéditas e em âmbito estadual) voltada ao estudo da percepção ambiental dos produtores rurais. Entre outros objetivos, a pesquisa visa assegurar à FAES informações adicionais para seu programa de conscientização ambiental do segmento dos produtores rurais. É pretensão do NEPA levar (posteriormente) esta importante pesquisa para outros Estados de modo a, progressivamente, ter o cenário da percepção ambiental nacional do segmento O NEPA acaba de concluir na Região da Grande Vitória (ES), pesquisa também inédita para a região, um estudo da percepção ambiental da sociedade frente à problemática (causas, efeitos, prós e contras) das mudanças climáticas.

    Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
    Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
    roosevelt@ebrnet.com.br

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